06 dezembro 2015

Frank Killer | "A Fazenda 8": Jogo


Jogo

Na maioria dos países mais adiantados e até mesmo em menos, um RS de confinamento é conhecido e encarado como um concurso, principalmente onde o jogo por dinheiro é proibido. E os participantes são denominados como concursantes ou palavras sinônimas. O mais próximo da palavra "jogador" ou apostador ("player" ou "gambler") que aparece é contestante, candidato, participante, competidor ("contestant"), etc.

Para serem saudáveis as pessoas, grandes ou pequenas, devem brincar como forma de entretenimento, como diversão, como distração e passatempo, não considerar isso como jogo, porque qualquer forma de jogo é viciante. Na etimologia, brincar e se divertir é uma atividade lúdica, não viciantes como jogo.

Torcedores de concursantes de RSs aqui são jogadores e, fãs de RS são pessoas interessadas em entretenimentos, lúdicos. Talvez a causa disso seja a proximidade fonética entre lúdico e iludir, mas uma coisa nada tem a ver com a outra. É por isso que ignorantes ou mal intencionados dizem que RS é jogo e se aproveitam de uma evolução errada desde os conceitos etimológicos feita pelos portugueses da palavra latina "ludus" para se justificarem ou ficarem "politicamente" (ou astutamente) incólumes.

No Brasil tais RSs são considerados como jogo, em especial por seus realizadores, porque aqui temos uma cultura impregnada de jogatina. Até eleições para cargos políticos, parlamentares e executivos são erradamente considerados jogos. Em RS essa palavra é utilizada impropriamente no sentido figurado.

"Jocus" ou "iocus" e não "ludus" ou menos que "ludus" evoluíram para significar entretenimento erradamente e existem muitas expressões no sentido figurado em que a palavra jogo (de "jocus") é empregada:

"Jogo de palavras" é um sofisma ou uma mentira com aparência de verdade. Pode ser também uma brincadeira para entretenimento. Por exemplo, "rádio patrulha é uma emissora em cadeia"? Jogo de palavras tem amplo emprego em diversas outras situações, até mesmo para xingar ou praguejar e isso não é lúdico.

“Virar o jogo” é transformar uma situação de derrota ou adversa em uma variante favorável ou de vitória. Seria um contra-ataque em uma batalha ou em um jogo, como por exemplo em xadrez ou qualquer outro tipo de competição ou uma virada de placar em futebol.

“Esconder o jogo” é esconder a verdade, disfarçar uma atitude ou um comportamento, ou simular uma mentira ao invés de mostrar uma (ou a) verdade. Isso passa longe de ser lúdico.

"Jogar limpo" ou "Jogar sujo" é enganar de forma ética ou aética, mas enganar nunca é uma coisa ética, antes pelo contrário. Portanto são jogos de palavras. Falar que um RS é jogo é um jogo de palavras de ignorantes ou mal intencionados. RS é um entretenimento (lúdico) e não jogo.

“Fazer o jogo de alguém” é ser comparsa, colaborador de alguém em um jogo ou participar de forma dissimulada em prol desse alguém. Isso não é lúdico.

“Jogo de cintura” é a habilidade de quem sabe improvisar e tem astúcia para reverter uma situação adversa.

“Abrir o jogo”  é falar com franqueza, claramente. Falar a verdade não é jogar. O contrário não seria lúdico, porque mentir não é jogar; é mentir mesmo. Você não joga com os sentimentos de uma pessoa, embora seja comum falar isso. Você a ilude, mas iludir nada tem a ver com ludismo e ludismo não é jogo.

No Brasil jogamos com a palavra jogo, como não poderia deixar de ser, em vista da nossa cultura impregnada de jogo e jogatina até nas instituições sérias ou que deveriam ser sérias. Apostamos em tudo em todas as situações sem discernir ou distinguir entre o jogo e o entretenimento. Até quem tem parcos recursos, deixa de comer ou prover seu sustento ou de sua família para desperdiçar seu dinheirinho contado e mirrado em apostas de loterias.

Somos portanto apostadores ("gamblers") contumazes. Os concursantes são erradamente considerados jogadores (players).

[Já a palavra jogo vem do Latim jocus, “pilhéria, gracejo, zombaria”. O que eles usavam para designar o que agora conhecemos como jogo era ludus, mas esta foi dominada pela outra.

Agora ela trabalha fazendo parte de palavras mais cultas, como “lúdico”. Inclusive surgiu a moda de se usar a detestável pseudo-palavra brinquedoteca, para designar um local onde há jogos e brinquedos à disposição dos interessados; invenção de gente ignorante que não sabe que se deve dizer ludoteca, de ludus mais o Grego theke, “caixa, lugar para guardar algo”]. (origemdapalavra.com.br/site/palavras/jogo/).

"To play" em inglês tem vários sentidos ou significados, entre outros, como atuar, representar, iludir, enganar, ludibriar, etc, além de jogar. "Player" seria um jogador ou quem faz essas coisas. Nesse sentido, alguns concursantes são jogadores, mas isso não é mérito, antes pelo contrário, porque RS não é um jogo, mas um concurso para fins de entretenimento e não apostas ou jogo para diversão de jogadores.

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Sobre os finalistas e suas "jogadas" para vencerem o RS falaremos nos posts seguintes!

"Melissa 5 de dezembro de 2015 15:40
Uma jogou sem denegrir ninguém a outra não consegue jogar sem falar mal dos outros. #FicaRayanne"


Para o público algumas coisas pesam mais que outras, principalmente porque as pessoas se projetam nas outras, e em especial em ídolos. Por exemplo, Ana Paula é menos esnobe que a Rayanne e o povo é menos esnobe. Rayanne é mais consentidora e o povo é menos consentidor. Não parece, mas essas coisas pesam. O que pode ser uma qualidade, de repente torna-se prejudicial ou "prejudicante", principalmente em uma votação apertada.

Qualidades e atributos positivos não se misturam com jogo. Na frase "Eu mostrei quem sou no jogo" há uma contradição nessas palavras se a pessoa quiser dizer que estava mostrando ser uma boa pessoa. É possível mostrar ser uma boa pessoa sem jogar e sem ser uma "planta". A grande verdade é que muitas pessoas não sabem jogar e não são boas pessoas e o simples fato de jogarem já indica que não são boas pessoas.

A audiência escolhe e aprova então o menos jogador ou o menos astuto ou aquele que faz como a maioria do público faria. Trata-se de uma projeção ou identificação.

"Lucas Padilla 5 de dezembro de 2015 16:55
Até reality de cozinha está mais divertido que a fazenda. To conseguindo torcer mais por eles que para esse pessoal da fazenda".


LOL. Pelo menos lá não há a hipocrisia de dizer que a audiência seleciona os melhores para a Final.


"Cecilia 5 de dezembro de 2015 21:02
Manipulação é a palavra usada quando o seu favorito não fica. É assim há anos. Quando o seu favorito vence aí é porque votaram muito..."


Não tenho favoritos, Cecília. Manipulação é o que o diretor faz. Aqui só emito opiniões e opiniões não são manipulações e, só seriam de quem é da equipe de produção ou direção ou fosse empregado ou artista do canal realizador do Reality. Por exemplo, sua opinião sobre mim não é manipulação. É apenas um erro por estar julgando a pessoa errada e não quem está realmente em julgamento.

"Eva/RN ZCMC5 de dezembro de 2015 22:19
Onde está meu comentário, amigo?

Votalhada, Luís 6 de dezembro de 2015 00:27
Encontrei teu comentário nos e-mails. Transcrevo abaixo":

"As pesquisas do votalhada estão corretas, como sempre estiveram, A safadeza dos resultados contrários são obras dos competentíssimos manipuladores do programa. Tirei meu blog de campo. Cansei de ser otária. A Fazenda nunca mais! E que venha o BBB16, outra bagaça, porém bem mais divertida, sem falsos famosos de egos inflados."


Falou tudo, Eva! Egos inflados é a expressão exata para defini-los. Os mais inflados são os finalistas masculinos, em minha opinião.

"Shadow 6 de dezembro de 2015 08:12
Olá amigos Frank e Luís..."

"Votalhada, Luís 6 de dezembro de 2015 10:40

Nunca fui tão "desanimado" para publicar uma enquete, preparar a pesquisa, liberar comentários, publicar postagens de colaboradores.

Essa Fazenda foi me dando, dia a dia, um total desinteresse por essa edição. Juro, só continuei fazendo em respeito aos colaboradores e seguidores do Votalhada.

Vem aí o BBB. Quem sabe eu me empolgo novamente.

Abração."

Olá, Shadow! Outro fraternal e forte abraço em retorno. Seus comentários, como de praxe, merecem destaque e, farei isso em meu post seguinte.


Os dois menos merecedores de estar nesta Final entre todos os 16 concursantes são exatamente os que estão nela (Douglas e Luka). Desse modo fica fácil para a Ana Paula ganhar, como ficaria para qualquer outro dos 13 restantes!

A própria Ana Paula não mereceria mais do que alguns que foram eliminados no caminho, pelo menos uns 3. Em consequência, ela mereceria no máximo o quarto lugar. Mas em tudo há algo de bom: o Clébis terá que beijar a mão dela, embora tenha tentado desestabilizá-la ou ter demonstrado má vontade para ensinar-lhe suas tarefas na primeira semana. Leia o manual ou eu não sou o manual ou não estou aqui para lhe dizer o manual ou coisas do tipo não são exatamente palavras de ensinamento.

Clébis e outros estão ali para ajudarem os concursantes e não para desestabilizá-los ou darem uma de "prima donnas". Não se justificam reações de indignações, perseguições e outros tipos de interferência, mesmo quando algum concursante faz um gracejo um pouco mais fora de propósito ou petulante. Em caso contrário se colocam como censuráveis e passíveis de julgamento pelo público. O público julgará o concursante mas julgará também o interferente. 

O empregado em um RS tem que absorver isso da melhor forma possível e abster-se de interferir nas simpatias ou antipatias que podem gerar no público em relação aos concursantes. Afinal os que estão ali para serem julgados são eles, concursantes, mas apenas pelo público, não pelos empregados, membros da produção e direção ou qualquer outro, incluindo outras pessoas na estação em outros programas.

Com um pouquinho de "simancol", você pode evitar desastres nessa questão, se pensar apenas por um segundo que a justiça envolve isenção absoluta e que simpatias e antipatias em RS estão reservadas apenas para os confinados. Portanto, não queira tomar carona no Reality para atrair holofotes para você. Isso não será visto com bons olhos em nenhum caso pela audiência.

Está na cara que atitudes assim são inspiradas pelos procedimentos desonestos do diretor, onde o que ele mais faz é justamente isso, ou seja, julgar os concursantes em lugar do público e decidir quem deve ou não ir para a berlinda, ou ser eliminado. Não seria o caso de outros fazerem a mesma coisa. Se não, onde é que vamos parar? De qualquer modo isso indica que estão seguindo automaticamente o mau exemplo do diretor e a tendência do RS será então morrer de inanição e, assim, todos ou quase todos perderem seus empregos e contratos de trabalho.

1. Simancol
Remédio inexistente, "vendido" sem necessidade de receita médica e muito indicado, justamente quando das faltas de tato, percepção, educação, senso de oportunidade ou "presença de espírito", de uma determinada pessoa, frente à uma determinada situação. 


4 comentários:

  1. Frank quem você acha que deveria estar nessa final e já no aguardo do BBB onde o ao vivo não vira ao morto um dia da semana e onde o apresentador da de 10 a zero no outro e não toma partido de ninguém.

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  2. Pois é Frank,

    Há também o “jogo de cartas marcadas” e quando ele é jogado, não importa o que se faça, o resultado será sempre o mesmo.

    Isso acaba com qualquer possibilidade do reality ser um concurso de habilidades, aptidões, comportamento e caráter, sem truques ou manipulação.

    Em AFazenda, o resultado final, assim como o Luka, nos foi antecipado por meio do Douglas, sem o menor constrangimento, quando ao classificar-se, foi obrigado a ler papeizinhos fazendo alusão à Ana Paula. Ali nos foi antecipada a eliminação da Rayanne e o nome da campeã. Aliás, nunca vi tamanho “mico” como esse que a direção pagou!!! Precisava disso?!? A meu ver não.

    O Luís fala do seu desânimo em publicar enquetes, pesquisas, comentários, posts... De fato, só com muito heroísmo pra tirar leite de pedra. Na verdade o desânimo é de todos que gostam de se divertir com anônimos e artistas menos populares ou decadentes que se aventuram a entrar no confinamento de uma casa ou fazenda com outras pessoas.

    O que era o diferencial e despertava interesse nas primeiras edições, está sendo deletado por quem comanda a atração.

    O imprevisível, o desconhecido, os hábitos do dia a dia, os diálogos, as reações na pseudo ficção da realidade, é o que prende a atenção, causa frisson e desperta no telespectador o questionamento: Como eu agiria nessa situação? Qual seria a minha reação diante desse participante? Esse é o lado lúdico a que você se refere, Frank; a brincadeira que prende a atenção, cria expectativas e forma torcidas, e, que não deixa de ser reveladora.

    A partir do momento em que isso passa a ser conduzido por meio de imagens editadas, provas e envelopes direcionados para focar apenas no que interessa à direção, privilegiando participantes em detrimento de outros, “causar” enfatizando a truculência, hostilidade, safadeza como ideais e indispensáveis ao reality, ou, em romances de ocasião para deleitar alguns carentes de vida, fazendo disso uma receita para se chegar à final: perde-se o rico diferencial e razão de ser desses realities.

    É evidente que os próximos participantes no afã de chegarem à final, seja na casa ou na fazenda, irão se espelhar no passo a passo dessa receita, e, a espontaneidade, dará lugar a ceninhas forçadas caras e bocas diante das câmeras, caindo na mesmice, que leva ao tédio e ao desânimo e em edições a cada ano piores e mais degradantes, premiando não os merecedores, mas aqueles que melhor conseguem seguir o roteiro da direção.

    Um abração amigos,
    Shadow

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    Respostas
    1. Oi Shadow. Olha essa:
      http://otvfoco.com.br/apos-a-fazenda-rayanne-morais-vai-atuar-em-a-terra-prometida/
      Abração, Luís

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    2. Muito perspicaz sua observação, sobre o caseiro ou seja lá o que ele se denomine, esse tal de Clébis, um sujeito arrogante por se achar mais sabedor de fazenda do que os concordantes. A gente sempre imagina que quem lida com animais e natureza, aquele lugar lindo, que é a fazenda, são pessoas que valorizam as coisas mais simples, e portanto são mais humildes, esse não é o caso desse tal de Clébis e nem daquela outra que nem lembro o nome, tratam os confinados mal a ponto de deixá-los sem reação... Claro que com certeza com apoio de diretor que de tão maquiavélico que é, deveria dirigir junto com a produção e os demais, um filme de terror...

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